segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Continuas a andar, alma tão perdida
Triste o desespero dos teus caminhos
Nasceste nu e morrerás sozinho?
De que, então, te servirás a vida?

O céu nublado que prepara teu destino
Inútil por si só de queixumes infindáveis
De amores e dores tão somente intragáveis
Poluem a carne e o teu coração cristalino

À noite enchendo de lágrimas o teu leito
Põe-te o desespero a desistir da felicidade
Complacente com a mentira da verdade
Esfaqueia, amargurado, o próprio peito

E por desacreditar de toda boa sorte
Eis aí o caminho que menos almejava:
A alma que, preocupado, amparava
Agora mais sofrida e amedrontada
Repousa no vale da sombra da Morte
Que Sorte...

Gustavo Leão

Nenhum comentário:

Postar um comentário