segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ausência e Tesão

Onde fostes, homem tão amado?
De mim teu cheiro se ausentou
Nada em meu corpo, enfim, restou
Exceto este coração apertado

De tão distante...teu coração nem ouço
Procuro em areias o tempo aguardado
A libertar-me deste peito tão pesado
Essa saudade, irremissível calabouço

Fico a imaginar teu retorno tao desejado
Como estará teu corpo? cheiroso, suado?
Anseio por fazer-me então amado
Correrei veloz a me jogar em teus braços.

Quisera eu tomar-te com fúria desmedida
O corpo, tal qual, cobertor de pele viva
Grudar-te ao meu, com cola de Saliva
Costurados, para sempre, na linha da vida

Contrastando-me o corpo, esta noite fria
Queimo a pele (e o  osso) de vontade insaciável
Tendões e nervos aguardam o inevitável:
Te espero em minha cama até o fim do dia.

Gustavo Leão

Um comentário:

  1. Que linda poesia Guh! Parece que em seu pensamento as palavras não tem limites...esse eh o teu mundo meu lindo!!! O mundo do ilimitável, do profundo.Parabéns!!!!

    ResponderExcluir