terça-feira, 31 de maio de 2011

Oh, Solidão




Tao triste meus caminhos foram, oh Solidao
Perdido nas sendas d’um improvavel pensamento
Lavando em lágrimas salgadas o meu lamento
Ele aproximou-se com doçura e estendeu-me a mão

E eu, que outrora, nada conhecia, oh Solidão
Levou-me a um horizonte tão desconhecido
Carregou-me para longe, e eu, tão envolvido
Em seus carinhos aliviei-me a aflição

Casei-me com ele em pensamento, oh Solidão
E decidi deixar-te à mercê do meu esquecimento
Contigo era somente dores e tormentos
Com ele, eu morro e ressuscito de Paixão

E nos amávamos com fervor, oh Solidão
E esquecia-me por completo de tua existência
Esquecia-me sempre daquelas tuas ‘reticências’
Que feririam-me o tao sedento coração

Mas não te assombres, no entanto, oh Solidão
Se visitar tua casa em tempo recorrente
Isto podes te parecer um tanto incondizente
Mas a distância torna-se o pivô desta questão

Tu não entendes portanto, oh Solidão
Nos dias que dele me encho de ausência
Meu coração implora por clemência
E  tropeço novamente em tuas mãos

E nesse choro de saudades, oh Solidão
As lágrimas pintam-me, no rosto, a Palidez
Suportando aos poucos desse amor, a excassez
Luto forçosamente a libertar-me de tua prisão

Mas não te felicites comigo, oh Solidão
Se, portanto, choro como fosse uma criança
Meu reencontro contigo é apenas passageiro
Meu coração bate impregnado de esperança
Ele me provará que seu amor é verdadeiro
E finalmente verei-me livre de tua perseguição.

                                                                      Gustavo Leão

Nenhum comentário:

Postar um comentário